16 de novembro de 2010





E então, mais uma máscara acaba de cair!
Nunca passou pela minha mente cheia de absurdos, um absurdo tão maior capaz de superar o anterior. Mas a verdade foi mostrada, o rosto delatado, e as palavras ditas. Tristeza eu senti. Mas é obvio, se tornou banal ser triste num lugar onde o que se vê por cada parte que olha são olhos repletos de águas salgadas. E por falar em água salgada... Não, eu não estou falando do mar, mas da onda triste que carrega dor misturada com ódio chamada lágrimas. Essas malditas lágrimas que me destroem, que me enfraquecem. A garganta dá um nó, os olhos engolem água, a voz treme. Eis então a torcida para que ela não venha, eu torço, eu clamo, eu peço. Mas não adianta ela cai, escorrega pela minha face e então eu chego a sentir o salgado dessa dor. Enfraquecida então eu caio, e ali caída eu permaneço até que ela seque. Mas Deus. Essas lágrimas deveriam ter secado à tempos atrás. Tempo minha filha. Tempo! O tempo é bom em partes, leva algumas dores, e trás outras. Essa é a lei da vida, ou melhor, do tempo. O tempo trás lágrimas antigas que podem ou não se misturar com as passadas. Viver é complicado, é difícil, doloroso, molhado de água salgada. É possível que não sinta. Mas é de uma total impossibilidade não sentir.

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