26 de maio de 2011

Confesso


Confesso que eu não sei amar. EU NÃO SEI AMAR! Mas sei gostar demais, cuidar demais, me preocupar demais, tudo em overdose. Encontrei no não a maneira de me defender e me manter forte. Sempre fui assim. Ridícula, esdrúxula, escória, escrava. Nunca rainha, nunca sangue azul, nunca princesa. Confesso que sou um labirinto. Confesso. Me pareço com aquelas cartas gigantes, chatas, cheia de erros, muito complicadas. Confesso que desconfio de cada olhar, cada lágrima. Eu vejo tanto sentimento falso que os verdadeiros começam a não fazer sentido. A mediocridade apodreceu de vez todo, e qualquer brilho de qualquer olhar. Confesso que não espero nada do tudo. Não mesmo. Verdades não passam de dúvidas, e mentiras são inacreditavelmente sinceras. Falar verdades em tons de brincadeira pode ser engraçado pra quem ouve. Mas no fundo, - e nem precisa ser tão fundo assim -, é sério, é real, surreal, ideal!

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